27 de janeiro de 2009

A LOGÍSTICA REVERSA E SUAS IMPLICAÇÕES


O consumo de embalagens, como garrafas pet, sacolas plásticas e produtos tecnológicos, celulares, computadores é cada vez maior, e o ciclo de vida cada vez menor, degradando, retirando do meio-ambiente uma quantidade muito maior de recursos que a natureza consegue renovar. As pessoas querem o que há de mais moderno e acabam deixando de lado bens a pouco comprados, com mínimo uso e ainda pior não dão uma destinação correta a esse “lixo”, jogando-os juntamente com o lixo comum, criando problemas à saúde pública e deixando o lado ambiental em segundo plano.

Segundo dados do PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, o mundo já está consumindo 40% de todos os recursos disponíveis, considerando alimentos, energia e recursos naturais, além da capacidade de reposição da biosfera e esse déficit aumenta 2,5% ao ano. No Brasil, são diariamente despejadas na natureza 125 mil toneladas de rejeitos orgânicos e de material potencialmente reciclável.

As industrias modernas tentam todos os dias melhorar a sua produtividade com técnicas que inibam o desperdício, com foco na produção limpa, verde e que tenham um planejamento com a logística reversa de produtos pós-consumo e pós-venda, produtos com defeito de fabricação, validade vencida, radioativos, baterias de celulares, pilhas, monitores de computador, latas de alumínio, pneus, embalagens de fertilizantes, de pesticidas, produtos tóxicos em geral, materiais estes que precisam de uma logística que traga de volta à produção ou à remanufatura, no sentido inverso, matéria-prima secundária e não matéria-prima virgem retirada do meio-ambiente, ou seja, recurso não-renovável.

Na logística reversa o fluxo é inverso, parte do consumidor e chega ao fornecedor, revendedor, diferentemente do fluxo direto de materiais da logística comum,convencional, gerando assim um ciclo, devendo ser muito bem administrado pela área de logística empresarial que deve planejar junto aos canais de distribuição o retorno dos bens para a área de negócios ou para o setor produtivo de forma rápida e segura, de acordo com as normas e questões ecológicas.

É muito preocupante a quantidade de lixo tecnológico que assola a todos os países do mundo, alguns já tomaram sérias medidas de contenção, aproveitamento de material e reciclagem, criando leis severas que controlem o descarte, impondo sanções e responsabilidades quanto a racionalização.

Ainda existem muito poucos aterros sanitários ecologicamente corretos, com o local sendo construído especificamente para este fim, os produtos separados por tipo e armazenados em local seguro, enquanto que nos lixões, dispostos a céu aberto e infelizmente os mais usuais, os produtos são misturados, jogados de qualquer forma, poluindo o solo, a água e o lenço freático, ocasionando sérios riscos à população. O custo para se manter estes depósitos é cada vez maior e muitas cidades já “exportam” o seu lixo para outras que têm uma estrutura melhor e mais condizente com as normas sanitárias.

Uma boa forma do cidadão contribuir com o desenvolvimento sustentável e conseqüentemente com a logística reversa, é separar em sua casa o lixo orgânico do lixo reciclável, selecionando os produtos, papel, plástico, metal, vidro, óleo de cozinha, racionando também as embalagens plásticas, pois a quantidade de lixo urbano aumenta a cada ano e o destino, tratamento deste lixo é cada vez mais problemático, então a saída, solução é que as pessoas se conscientizem, facilitem a coleta e a posterior reutilização, economizando assim energia e recursos naturais tão indispensáveis a sobrevivência de todos os seres vivos do planeta.

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