18 de julho de 2016

LOGÍSTICA - OS EMPECILHOS QUE IMPEDEM O BRASIL DE SER MAIS PRODUTIVO

Todos nós escutamos desde pequenos que o Brasil será o PAÍS DO FUTURO, mas e este futuro que nunca chega? Ainda será possível alcançarmos um patamar de país desenvolvido em todos os sentidos? em que cenário estamos inseridos?

Neste artigo tentarei discernir um pouco sobre como a logística pode ser um diferencial para um país que quer se destacar em um cenário de alta complexidade e múltiplos players.

As empresas perdem, o país perde, os trabalhadores perdem e quem ganha com esta falta de critérios bem definidos na escolha de políticas públicas que encarem a logística como preponderante para o desenvolvimento?

Não a ganhos, somente perdas, nos vemos muitas vezes de mãos atadas para tomar decisões, a infraestrutura não colabora para que os resultados sejam melhores, ou não tão ruins. 
Perdemos e muito quando uma empresa não tem preparo para acompanhar a necessidade de seus clientes, ou quando não consegue entregar aquilo que se dispõe por falta de alternativas, pelos chamados GARGALOS LOGÍSTICOS, que limitam o crescimento e dificultam as empresas obterem algum tipo de vantagem competitiva.

O custo que o Brasil tem em trabalhar com uma das maiores cargas tributárias do mundo, o preço da energia elétrica e dos combustíveis que elevam ainda mais o risco dos negócios, além de não poder atender entregas em maiores quantidades, ou volumes, e  ganhar em escala, são fatores extremamente relevantes. As empresas sofrem com estas falhas, desvios, gaps, desequilibrando todo um sistema, onerando as operações. Mesmo assim em alguns setores como o do agronegócio, somos vistos como referência mundial, imaginem se fosse feito o "DEVER DE CASA", como poderíamos estar.

Estradas e rodovias mal conservadas, outras ainda em terra ( infelizmente a grande parte), portos sucateados, ferrovias ainda com uma malha deficiente, sistema aéreo em grande desvantagem devido seus altos custos, ineficiência na hora de planejar os investimentos em MULTIMODALIDADE, ou seja, temos ainda muito a melhorar, para nos tornamos medianos, nem falaremos agora em excelência.

Não temos o direito de pensar em ESTACIONAR, pois muito deve ser feito, JÁ, não a tempo a perder, empregos estão sendo perdidos diariamente, o faturamento das empresas caindo, a qualidade em discussão e o país deixando de crescer, ou ainda pior, estagnado, sem perspectivas em um curto prazo de voltar aos eixos, ao caminho de aumento de eficiência produtiva, ou seja, fazer mais com menos.

Podemos e devemos ser melhores, o país suplica para que avanços aconteçam, planos devem ser tirados do papel, discutidos e colocados em prática, seremos sim um  país do futuro, mas não sem antes nos conscientizarmos das nossas deficiências, de nossas fragilidades, mas também de onde queremos chegar e uma das saídas é através de um projeto robusto com visão estratégica e de longo prazo.