29 de junho de 2016

COMO PODEMOS AGIR PARA MINIMIZAR OS EFEITOS DE UMA CRISE?

Sentimos na pele de forma intensiva os efeitos de uma crise, que não é só econômica, e sim uma crise de identidade, ética e moral. Como assim de identidade, ética e moral? Vou tentar esclarecer em poucas linhas no que acredito ser uma das piores crises já vivenciadas por nós brasileiros.

Mas como chegamos neste ponto? A crise tem hora para terminar? As empresas são culpadas? Os cidadãos têm sua parcela de culpa? O que podemos e devemos fazer?

Empregos sendo ceifados dia-a-dia, um processo de desindustrialização crescente, empresas, aos montes, fechando as portas e não são só as pequenas, há vários casos de empresas familiares com mais de 50 anos com o mesmo infeliz fim, com o efeito devastante da...FALÊNCIA!
Não existe um segmento sequer que vá sair ileso desta crise, sem algum arranhão, uns claro que são mais impactados, alguns com características peculiares, sofrerão menos, outros poucos aproveitam a crise para crescer OU CRIAM NOVOS NEGÓCIOS, observando novas necessidades.

A hora é agora, não podemos esperar acontecer algo de pior. Então todos nós, da melhor forma, devemos contribuir para que estes efeitos devastadores não perdurem por mais tempo. Qual a saída?
A ÚNICA SAÍDA É FOCO, ou seja, devemos estar focados a primeiramente entender e  depois minimizar as causas, os impactos que levaram o país a desmoronar e tiveram por consequência o fechamento de inúmeras empresas em todas as partes do Brasil, 

Mas o aprendizado que teremos ao final, acredito, será positivo, pois nos tornaremos mais atentos à questões antes não tão observadas, como a política, principalmente a ética na política, ou a pensar em alternativas antes impensadas, a colocar em prática projetos que já estavam engavetados a muito tempo, a pensar estrategicamente, no longo prazo e se planejar para alcançar os objetivos traçados, a aproveitar os momentos de economia favorável e reinvestir no negócio, a manter uma boa estrutura da organização, A CRIAR CICLOS VIRTUOSOS, AO INVÉS DE VICIOSOS.

Existe uma discussão muito grande, principalmente nas redes sociais, alguns defendendo este ou aquele partido, esta ou aquela ideologia, muitas amizades de longos anos,foram desfeitas por esta razão. Mas vejo e observo como fator positivo o jovem estar de fato entrando nestas discussões, muitos destes hoje "SERES POLITIZADOS", antes eram mero espectadores,analfabetos políticos, assistiam inertes, sem participação ativa, sem visão crítica, não tinham interesse e não enxergavam os impactos que tudo isso poderia causar.

Nisto, o setor privado perde excelentes profissionais que acabam indo para o  setor público, onde apesar dos pontos negativos, da burocracia excessiva, da ainda ineficiência dos serviços, das dificuldades enfrentadas pela falta de infraestrutura básica, veem-se em contrapartida à uma visão de estabilidade parcial, que em épocas de escassez de emprego, tornam-se uma excelente opção.

Esta crise é derivada e advém de muitos fatores, onde não devemos achar prioritariamente os culpados e sim entender os significados, as razões, as causas, para que no decorrer dos próximos anos não venhamos a cometer os mesmos erros.

Infelizmente o País não consegue crescer de FORMA SUSTENTADA, o que ocorre é a economia em crescimento por alguns anos e logo depois a perda de conquistas em ciclos seguintes, o que acarreta quebra de confiança por parte de investidores estrangeiros e o endividamento das famílias que não conseguem se manter empregadas. 

É claro que o País está em amadurecimento ainda, de sua democracia, de suas instituições, do pertencimento dos cidadãos a uma ordem política, mas poderíamos abreviar tudo isso se tivéssemos maior controle de tudo, mais comprometimento com o País e com as causas sociais.

Todos nós temos uma parcela de culpa, pois não trabalhamos em equipe, somos ainda muito individualistas, pensando somente o que é bom para cada um, e não para a sociedade. A classe política está falida, não de dinheiro, mas de moral, de idoneidade, são quase todos, FARINHA DO MESMO SACO, diferenciados somente por legendas de partidos, que pregam uma coisa, mas colocam em prática outra totalmente deturpada com a filosofia descrita nos estatutos de formalização, concebidos na criação dos mesmos.

Empresas mancomunadas com a corrupção, pessoas comuns desacreditadas que algo possa melhorar, o pessimismo ronda as rodas de discussão e o momento é de pura reflexão dos atos que refletiriam em uma reviravolta positiva.
Mas será que conseguiremos, com o "TRABALHO DE FORMIGUINHA" alavancar os resultados econômicos e minimizar os efeitos desta crise?

Façamos uma autocrítica, será que participamos das questões relacionadas com as empresas que trabalhamos de forma a contribuir com soluções e não só para criticar? Será que damos nossa contribuição de forma efetiva nas questões relacionadas ao nosso entorno, no nosso bairro, na cidade em que moramos, nas politicas públicas, não só em época de eleição? Será que ajudamos na conscientização daqueles que não sabem da sua importância, de multiplicar e disseminar conhecimentos?

Acredito muito no esforço individual que vai se capilarizando e tomando outros rumos e destinos, alcançando outras pessoas e influenciando-as para que se unam com o objetivo de melhoria significativa das condições de vida.

O que podemos fazer na prática é COLABORAR, COOPERAR, em um momento em que todas as decisões devem ser repensadas, reavaliadas, reescritas, enfim com ajustes no planejamento e se for necessário, PISE NO FREIO, não esqueça que a vida de sua empresa e a permanência
de seu capital humano é o mais importante.

O QUE NÃO PODEMOS É FICAR PARADOS, JUNTOS FAZEMOS MELHOR E ENXERGO QUE SOMENTE DESTA MANEIRA É QUE CHEGAREMOS A ALGUM LUGAR, A UM LUGAR ONDE HAJA CONDIÇÕES DE CUIDARMOS DA FAMÍLIA DE FORMA DIGNA, SEM VIOLÊNCIA, COM SAÚDE E EMPREGO.