21 de novembro de 2008

A EXPERIÊNCIA JOGADA AO LÉU.


Ao abrir os jornais diariamente na seção de empregos vemos organizações de qualquer tamanho, nacionais e multinacionais, recrutando pessoas para diversos cargos, estagiários, trainees, futuros profissionais a que são exigidos como premissa básica uma segunda língua fluente, não precisa falar bem o português, a nossa língua oficial, o importante é ter fluência no inglês e em outras línguas estrangeiras. Não quero ser hipócrita ao afirmar que a multiplicidade cultural não seja boa, claro que é, mas não como na forma que a grande maioria das empresas, como exigência, sem ao menos conhecer o candidato, sua postura, seu modo de se expressar e pensar, experiências obtidas ao longo da vida, com certeza a diversidade de capital intelectual deva ser administrada, as empresas agradeceriam, mas não é o que realmente está acontecendo, muitos “diamantes raros” passam sem serem notados ou nem chegam a passar pela área de RH e deixam de ser lapidados, as empresas perdem e muito com esta forma de selecionar profissionais, algumas já estão acordando e buscando talentos de outras maneiras,investindo nos promissores e também pelo networking dos colaboradores, em concorrentes e no mercado em geral.

Algumas empresas depois de dispensarem ou desperdiçarem profissionais experientes, gabaritados nas suas áreas e deixar somente os mais jovens , com menor salário, viram desabar em suas cabeças grandes desastres,desencadeados por fatores críticos que não foram priorizados e que não tinham pessoal específico,qualificado, capacitado a resolvê-los perdendo muito em dinheiro e muito mais ainda na imagem , que não só ficou arranhada, mas desgastada e vai demorar ainda muito tempo para ser recuperada, reconstruída.

O mercado pede sim jovens, mas jovens no entusiasmo, na vontade de estar sempre aprendendo, sabedores que os resultados na maioria das vezes não surgem de uma hora para outra, mas devem ser planejados, conquistados, efetivados dia após dia, conhecedores principalmente da cultura de seus país, dos valores de uma sociedade, da ética, do ser idôneo, do fazer a coisa certa no momento exato, isto sim as empresas deveriam cobrar de seus contratados,que estejam inseridos na discussão política, conhecedores de seus direitos e deveres como cidadãos e como multiplicadores de boas ações.

Como anda a carruagem fico descrente do que realmente querem as organizações, continuidade da mesmice, de seguir padrões antes estabelecidos, sem inovação, ou direção à quebra de paradigmas e outras formas de fazer, dando oportunidades à pessoas com mais experiências,bagagem, know-how e prontas a contribuir para uma melhor produtividade e rendimento !