2 de agosto de 2011

A NOVA CARA DO MARKETING

Já se foi o tempo em que o departamento de marketing utilizava-se de estratégias para que o produto girasse o mais rápido possível, tão e somente isso. Nesta nova era digital o marketing é apenas mais uma das armas que fazem com que o produto ou serviço esteja e permaneça na mente dos consumidores. 

O marketing é o responsável direto pelo acompanhamento do caminho por onde as marcas andam, os desvios e possíveis percalços até que o produto chegue ao ponto de venda. O planejamento de marketing é essencial para a perpetuação das marcas e dos produtos, da venda contínua e da fidelização da clientela. Sem o marketing as marcas não seriam as mesmas e o desenvolvimento delas não chegaria ao mais alto nível, a percepção do consumidor também seria diferente.

Qual será então o maior beneficio que o marketing traz à novas gerações? Acredito que o maior benefício do marketing atual é poder disseminar práticas sustentáveis, empresas comprometidas, produtos diferenciados e conseqüentemente marcas expressivas, ou seja, o objetivo principal do marketing é identificar necessidades e desejos, agregando valor para ambos os lados nas transações.

E o papel do marketing da nova era, qual é ? Poder mostrar mais profundamente as marcas, seus respectivos produtos, a responsabilidade delas com o planeta e a sociedade e a influência que elas exercem sobre o consumidor. As marcas mais valiosas atualmente são as com forte apelo digital, então confirmamos assim que as marcas que ainda não tem um canal de relacionamento virtual estão ultrapassadas ou ainda pior, não acreditam no extremo potencial destas mídias recentes, já não mais inovadoras e sim essenciais.

Nos dias atuais é primordial, premissa básica para as empresas modernas participarem ativamente destes canais complementares aos canais antes desenvolvidos.
As mídias sociais mudaram a forma de comunicação entre clientes e empresas, as relações agora tendem a ser cada vez mais estreitas, a informação é mais ágil e o conhecimento tornou-se muito mais democrático. Empresas já têm responsáveis por monitorar estas novas mídias, novo conceito de administrar seu branding e a responsabilidade com resultados, resolvendo problemas, solucionando insatisfações em tempo cada vez menor.

O marketing atual difere e muito de alguns anos atrás, ou até mesmo me atrevo a dizer que esteja totalmente reformulado, pois com o uso cada vez maior de ferramentas tecnológicas todos interagem de uma forma muito mais dinâmica.
O marketing na era digital é surpreendente, nem os profundos conhecedores e pesquisadores imaginavam a proporção que iria tomar em poucos anos. Ações específicas de marketing já são pensadas exclusivamente para mídias sociais. Mensurar e acompanhar seus resultados é muito mais fácil do que nos canais tradicionais, o custo para colocá-las em prática também é menor.

Os processos de mudança passam hoje necessariamente pelo respaldo e pela validação das redes sociais e isso já e notório. Pesquisas mostram que a participação destas mídias na tomada de decisão das empresas é crescente. É necessário repensar estratégias utilizando eficientemente esta nova arma de entretenimento, informação e comunicação e um dos mais importantes fatores críticos de sucesso.

Enfim, as empresas que não se adequarem às novas tendências, aos novos formatos, à quebra constante de paradigmas e principalmente aos novos consumidores e hábitos de consumo, estão optando por trilhar um caminho perigoso e com pouca probabilidade de sucesso.

23 de março de 2011

APAGÃO DE MÃO DE OBRA! SERÁ?


Lemos diariamente nos jornais que o País passa por uma séria crise de renovação de talentos, ou seja, profissionais que ao se aposentarem não são substituídos à altura, por outros com o mesmo nível de conhecimento. Mas por outro lado vemos jóias raras, talentos sendo desperdiçados e sem nenhuma oportunidade de mostrar sua competência profissional. Este artigo tem como objetivo mostrar que não é bem assim, na proporção como muitos dizem e propagam.

Uma pergunta fica no ar, existe realmente o apagão de mão de obra ou as empresas e os gestores que têm poder de decisão é que sofrem de amnésia, ou apagão de vontade de fazer de modo diferente, inovador ?

Existe sim mão de obra, oferta o bastante para atender a demanda das organizações, o que não existe é a boa vontade, o bom senso no recrutamento e seleção por estes profissionais. O que as empresas querem são profissionais maduros, mas ao mesmo tempo jovens; mas como conseguir que sejam maduros se não lhes dão oportunidades? E os que já tem uma bagagem de experiência? Será que terão chances de mostrar suas competências e habilidades, ou o mercado que se diz ávido por diversidade de pessoal, só fala, mas acaba não praticando nada ?

Enquanto não mudarem as diretrizes da educação, enquanto a educação não for tratada como coisa de primeiríssima necessidade, enquanto muitos dos cidadãos brasileiros não perceberem o quanto é importante o estudo, o aprendizado e o saber, maus políticos continuarão a deitar e rolar. Estes maus políticos buscam legislar em causa própria, fazendo com que o país tenha ano a ano uma tendência de crescimento ínfimo, frente a nações que tem a educação como prioridade máxima, buscando sempre a excelência e a melhoria contínua, aumentando a qualidade do ensino e também a quantidade de anos que o estudante permanece na escola.

Na hora que os políticos forem pressionados e tiverem seus mandatos ameaçados em eleições futuras, darão mais valor aos educadores, fazendo mais a estes profissionais, possibilitando que tenham uma vida mais digna, podendo se reciclar, investindo em livros, cursos, capacitação, intercâmbio, viagens e tudo que some, que agregue novos conhecimentos. Mas como fazer isso em um país que não prioriza a educação? Só mesmo com muita coragem, foco, comprometimento, motivados por si próprios, pois se for esperar algo vindo dos governos, é melhor puxar uma cadeira e esperar sentado, pois a oratória é muito bonita, mas na prática é totalmente contrária. Acredito claramente no avanço da educação, mas infelizmente por pressão, pois só assim teremos condições reais de melhorar a qualificação de nossos profissionais e isso passa necessariamente pelos nossos educadores.

Em um mundo em que as pessoas têm uma maior expectativa de vida, profissionais com mais de 40 anos ainda são considerados “velhos”, termo altamente pejorativo, uma discrepância no mundo atual, pois quando o profissional está na melhor fase produtiva, é retirado compulsoriamente ou podado de poder dar a sua contribuição, pois o consideram ultrapassado,com vícios. Infelizmente sabemos, o que mais querem é moldá-lo, que siga um modelo pré-concebido. Quando será que as organizações vão dar realmente valor aos profissionais considerados fora do “padrão ideal”, qualificados sim, mas com perfil diferente aos demais, principalmente com outros atributos, divergindo com que a grande maioria do mercado almeja e copia de forma desenfreada.

Não consigo imaginar como um candidato a uma vaga possa ser eliminado por não ter fluência no idioma Inglês, ao invés sim de ter fluência em sua língua mãe que é o Português. Bons profissionais já são descartados sem ao menos ter a chance de mostrar seus conhecimentos, valores e qualidades, requisitos muito mais essenciais que a fluência, que pode ser obtida, conquistada com o tempo.

O mercado reage copiando o que outros fazem, e assim recrutam e selecionam perfis idênticos, os que estiverem fora estão fadados a esperar por uma oportunidade, que se não for por uma “alma caridosa” pode vir a nunca ocorrer.

Profissionais desmotivados por baixos salários, falta de estrutura apropriada ao desenvolvimento eficiente do trabalho, baixa auto estima, produtividade aquém do ideal, stress, problemas de ordem financeira e conflitos de gerações são problemas identificados em um grande número de organizações no Brasil. Isto demonstra o porque muitas perdem competitividade diante de empresas globais.

É certo que existam déficits em algumas profissões, como nas áreas de engenharia, construção civil e TI, mas nada que uma boa diretriz na educação não venha minimizar ou controlar. Espero que o novo governo melhore e priorize a educação, pois só assim poderemos crescer de forma sustentada e por longos períodos.

Por fim, conheço profissionais altamente capacitados, mas por terem cursado uma faculdade após a idade da maioria ou ainda de pouca expressão, ficam à mercê, sem chances de recolocação na área em que se formaram. Por isso tenho plena convicção que não exista apagão de mão de obra, mas sim uma falta de aproveitamento de talentos que estão escondidos em várias regiões brasileiras, esperando por uma oportunidade que muitas vezes não chega a aparecer.