18 de maio de 2009

OS EFEITOS DA CRISE GLOBAL NA VIDA DAS FAMÍLIAS


As famílias de hoje têm muito para se preocupar, educação dos filhos, saúde, cuidados com a violência, já não bastasse, para piorar, estamos mergulhados em uma crise global que afeta a todos, alguns é claro mais do que outros, mas todos sem distinção sentem os efeitos, de uma forma mais branda ou não. Pais já aposentados, com garantia dos proventos, preocupam-se com os filhos ainda não estabilizados, filhos com boa formação e um bom emprego, dirigem sua atenção aos pais, que muitas vezes apesar da idade, precisam trabalhar para dar uma vida mais digna e com mais conforto à família.

Agora, esta crise está dando exemplos de como não devem se portar as empresas ao redor do mundo, muitas delas pagando salários exorbitantes a seus executivos, concessão de privilégios, bonificações fora da realidade, do contexto global, gerando altos custos de mão de obra, vindo a acarretar no aumento do custo de produção de um bem ou serviço. Claro que quem acaba arcando com esse desmantelo, desordem, por essa falta de cuidado na gestão, pois os custos são sempre repassados aos preços, é o elo final da cadeia, o cliente, que sem merecer acaba sempre “pagando o pato”.

Grandes empresas ajudam a piorar a crise, quando sem um menor cuidado, apenas amparadas em números globais, em indicadores quantitativos de demanda setorial, precipitadamente acabam por demitir uma grande parcela de colaboradores, somente pensando no que poderá vir acontecer, sem dados concretos, amostragens reais de queda do consumo, disseminando boatos pelo mercado, contaminando outras empresas que acreditam na rápida recuperação e no retorno à rotina de boas notícias. Então pensamos, será que estas empresas prezam pelo desenvolvimento de seus colaboradores, da sociedade em geral, da sustentabilidade, ou só almejam o lucro e o imediatismo, se aproveitando da crise como desculpa para demissões. Será que demitir é a única solução, a mais plausível?

Vemos nos noticiários empresas de grande porte, com lucro anual apurado na casa dos bilhões, que demitiram centenas de colaboradores pelo simples fato de ter sua demanda desacelerada, ou lucro aquém dos resultados estimados, projetados para o primeiro trimestre de 2009, com certeza agiram equivocadamente, não acreditando que o país tenha a competência de sair rapidamente dessa má fase. Todos na vida, tanto profissional como pessoal passam por fases ruins , mas não é razão pra jogar tudo pra cima e dar um “pé na bunda” da pessoa que está ao seu lado, contribuindo para atingir os objetivos e metas traçados.

Infelizmente as pessoas não podem desprezar propostas de emprego nos dias atuais, mas seria muito bom que empresas que agem de uma forma pensando pouco nas outras partes interessadas, na amplitude de uma demissão e sua ação direta e indireta na vida de uma família, pudessem “sentir na pele” ao tentar recrutar profissionais para suas atividades, que bom seria se não conseguissem capital humano qualificado o bastante para dar prosseguimento à rotina de trabalho, será que não dariam mais valor e pensariam duas vezes antes de demitir ?

Enfim, pais de família que deram por anos a fio, o seu suor e dedicação, se vêem diante de uma estratégia que não entendo e não faço questão de assimilar, os coloca como a primeira opção quando a coisa vai mal, com os tecnocratas tomando decisões baseadas em suas convicções meramente capitalistas. A empresa como centro intocável, como se não fosse ela formada e estruturada por pessoas, pessoas essas que deviam ser bem tratadas e acompanhadas em suas expectativas e com enfoque no seu bem-estar.

Mas há o mal que vem para o bem, pois muitas vezes infelizmente temos que passar por situações difíceis, adversas, para melhor nos preparar e poder ter boas condições de concorrer em um mercado de trabalho tão competitivo e acirrado, com as empresas acontece o mesmo, esta crise mostra que as empresas precisam melhorar e muito a sua forma de administração e gestão dos problemas de falta de capital, investimentos, políticas de ampliação, abertura de capital, margem de lucro, departamentos que não agregam valor, que só trazem custos, e tudo aquilo que tenha influência nos resultados finais da organização.

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